filha adolescente
Toda a magia. A branca, a negra a rosa? Cobrir-te-ia de um manto transparente e caminharias segura por entre os escolhos. Deixo-te ir vestida de jeans, simplesmente. Uma blusa leve de verão e os olhos azuis. Digo-te adeus, até logo, já tenho saudades. Que dizer deste estado de maternidade permanente? E para que não te pese e sigas indiferente, fico eu encolhida nos meus temores. Falo de ti a alguma gente e mostro os retratos de como eras, de como és, de como te vejo, princesa deste meu reino, arquétipo da minha razão, razão, sentido e rumo. A minha força, o meu calcanhar de Aquiles magoado, o meu final de dia, o meu amanhecer. Quisera ter-te clonado. Parar o tempo e admirar-te eternamente. E penso, fugazmente, que a vaidade é pecado capital, que não te faria em nada diferente porque és, aos meus olhos, a perfeição.
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