segunda-feira, março 16, 2015

tocam os sinos

No início houve um sino que alertou a minha mãe para a necessidade do meu nascimento. Esse som metálico que ainda ecoa à força de braço em algumas, muito poucas, terras muito pequenas. Nas outras é tudo automático e por isso o som parece perder genuinidade. Fui, literalmente, salva pelo gongo. Ou liturgicamente pela santa padroeira do local. Acredito mais na comunicação inaudível entre o meu projecto e a minha arquitecta. Agradeço o acto, o acaso, o percalço que me trouxe aqui. Tocaram os sinos e eu nasci.