A espera pode ser rodeada de atenções. De cautelas. Constante vigília de fatiga. Barricada à margem da vida que se desenrola indiferente a quem se esconde. E não há momento apropriado que o futuro nos reserve. Só o esgar do tempo que nos escarnece porque ele acontece a cada segundo e em cada segundo acontece o irrepetível. Quando os músculos finalmente se distendem num salto de coragem perdeu-se entretanto nas trincheiras a jovem elasticidade do corpo. A mais ajuizada forma de esperar é pois sorver repetidamente a seiva do presente, agitando o corpo ao sabor do destino, em lânguidos miados de prazer.
3 Comments:
E o gato tem uma barriga amarela deliciosa e mia como quem diz "não vás embora"? :D
E sabes o que (já) descobri? Quando se perde alguma elasticidade de corpo ganha-se em dobro elasticidade mental, até para nos esticarmos perante a vida como um gato ao sol, sorvendo do presente o necessário alento :)
Esse gato de barriga amarela vai ficar tão lindo com um laçarote dourado e um cartão de boas festas... :D
Quanto ao resto estamos de acordo, amiga, há que sorver o tutano da vida e lamber os beiços!
sem dúvida alguma.
porque o presente,
hoje.
@-,-'-
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