o regresso
Andei por aí a dizer que a Primavera tardava. Como se tardasse o que é certo. As inevitabilidades são demasiado seguras e só a nossa ansiedade dá dimensão diferente ao tempo. Associamos o relógio ao batimento cardíaco e atrasam-se nos nossos sonhos as andorinhas e a perene estação dos sentidos. Não sem surpresa, entrou-me o mar pelo quarto a dentro, e quase atropelei as vagas na pressa de me recolher ao teu corpo. Fiquei de portadas abertas a adormecer no teu embalo e a ver os ninhos dos pássaros estivais nos teus olhos. Afinal há um tempo eterno de sol e de noites borbulhantes de sossego quando a espera perdeu a razão e o amor acontece num regresso.
4 Comments:
Atropelar as vagas é q não, Bastet :)
Lindo, que se há-de dizer?
Pois... bem... são as vagas portuguesas Vague, as francesas jamais! :)
:-)
O amor é sempre bem vindo, atropelando vagas ou não. Adoro quando a "maré" me apanha de surpresa!
CSD
hmmmm não comento :-)
Enviar um comentário
<< Home