a cavalo dado...
O Alberto é um cavalo de peluche que está há três noites e dois dias lá em casa. Segue-me para todo o lado mas não gosta de mim. Isto é o que me é afiançado pela tradutora intérprete dos seus relinchos. Na primeira das noites foi cuidadosamente sentado dentro de uma caixa de plástico na bancada da cozinha, devidamente instruído pela sua mestre para não me deixar fazer sopa para o jantar. Pelo sim pelo não, não fiz a sopa. Afinal era o primeiro dia do Alberto entre nós.
Ontem, devido à greve dos professores, levantou-se mais tarde e seguiu a sua treinadora até ao ATL. Veio de lá com um fio da boca puxado e com indicações expressas de ser entregue à avó para que tratasse dele. No final do dia acompanhou-nos ao veterinário para a vacina de um dos gatos e foi deitado sobre a marquesa. Aí a coisa complicou-se. Não foi fácil para a veterinária vacinar o gato e vacinar o Alberto. Ao que parece não está muito habituada a tratar de cavalos e lá teve que se explicar, porque há veterinários que se dedicam mais aos cães e aos gatos e outros, mais rurais, que tratam de animais de maior porte. Mas o Alberto não é muito grande - insistia a rapariga. Bem, lá se vacinou o cavalo e felizmente também o gato que era para isso que eu lá tinha ido. Paguei a conta e nem verifiquei quantos tratamentos estavam debitados. Regressámos todos a casa. Eles os três lá trás e eu a pensar que por este andar o melhor será comprar uma carrinha de caixa aberta.
Seja como for, a coisa lá amainou e eu até que me consegui deitar bastante cedo. Menos mal, porque assim aguentei melhor a visita das cinco e meia da manhã. Entraram-me pela porta do quarto a dentro, a equitadora e seu cavalo, um coelho já velho e puído, mas ainda assim bem conservado para os seus trinta e três anos de idade, e dois gatos. Parece que o cavalo tinha feito xixi na cama. Abancaram todos para dormir o que sobrava da noite, perfeitamente alheios ao facto de a cama ser minha e de eu mal caber nela. Ao menos, há que convir, estão todos vacinados. A propósito alguém sabe onde posso comprar feno?
Ontem, devido à greve dos professores, levantou-se mais tarde e seguiu a sua treinadora até ao ATL. Veio de lá com um fio da boca puxado e com indicações expressas de ser entregue à avó para que tratasse dele. No final do dia acompanhou-nos ao veterinário para a vacina de um dos gatos e foi deitado sobre a marquesa. Aí a coisa complicou-se. Não foi fácil para a veterinária vacinar o gato e vacinar o Alberto. Ao que parece não está muito habituada a tratar de cavalos e lá teve que se explicar, porque há veterinários que se dedicam mais aos cães e aos gatos e outros, mais rurais, que tratam de animais de maior porte. Mas o Alberto não é muito grande - insistia a rapariga. Bem, lá se vacinou o cavalo e felizmente também o gato que era para isso que eu lá tinha ido. Paguei a conta e nem verifiquei quantos tratamentos estavam debitados. Regressámos todos a casa. Eles os três lá trás e eu a pensar que por este andar o melhor será comprar uma carrinha de caixa aberta.
Seja como for, a coisa lá amainou e eu até que me consegui deitar bastante cedo. Menos mal, porque assim aguentei melhor a visita das cinco e meia da manhã. Entraram-me pela porta do quarto a dentro, a equitadora e seu cavalo, um coelho já velho e puído, mas ainda assim bem conservado para os seus trinta e três anos de idade, e dois gatos. Parece que o cavalo tinha feito xixi na cama. Abancaram todos para dormir o que sobrava da noite, perfeitamente alheios ao facto de a cama ser minha e de eu mal caber nela. Ao menos, há que convir, estão todos vacinados. A propósito alguém sabe onde posso comprar feno?
10 Comments:
Posso imaginar a amazona tradutora, qual gatinha fedorenta: "O cavalo não gosta de ti. Diz que és uma besta.".
Feno não sei, mas Heno de Pravia sou capaz de te indicar uns sítios.
Eu ía debitar uma aleivosia qualquer mas depois do humor de fino recorte do Asulado só me resta rir com vontade e bater palmas.
AR
desculpa resisto por agora a não ler o teu texto apenas o título me inspira a indicar o meu texto sobre as posições no cavalinho de madeira não tenho pontuação depois falamos beijos stop
:)
Ui... ter um cavalo na minha cama sempre foi o meu grande sonho.
E relinchar...
Como é que conseguiste?
;))
espera pelo Natal e vigia, é provável que a manjedoura do presépio seja engolida! :)
Lol! Ainda bem que a tua brincadeira da ausência acabou; como podíamos passar sem este humor refinado e tão bem escrito?
:* Beijos e atchins.
Ó Asulinho quem comia sabão era o Averell dos irmãos Dalton, não me parece que o Alberto vá na conversa mas ainda assim diz lá então!
Quanto ao mais "gatinha fedorenta" vai-lhe que nem uma luva até porque atipa anda numa de se baldar ao banho :)
Querida Fausta: Venha tomar um chá comigo e podemos trocar impressões sobre a arte da equitação :) LOLLL!!!!
MRF: ainda bem que avisas... vou ver se vigio a manjedoura!
beijos também para ti Noitinha e Vague, quanto a ti ó mal disposto AR eu tenho lá culpa que venhas sempre para aqui com a mania que é giro dizer alarvidades, perdão aleivosias. Já agora aleivosia de quê? Aqui há tão pouco que se inveje...
Uhhh ... Estamos de mau humor, estamos?
AR
Por acaso não mas tenho SONOOOOO!!!! :)
Olá Tio! Obrigada por comentar aqui e por me ler. É bom saber que o fiz recordar de coisas tão bonitas. Um beijo grande para si, tia e Cristina.
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