pactos de amizade
Que longo é o tempo e que diferente a voz que o entrecorta. Assusta-me a minha fragilidade entregue ao teu olhar vigilante enquanto assino um pacto de confiança e ouço os teus passos distar num estranho corredor. Mas os meus pés rentes ao chão não me deixam avisar-te que eu não posso voar enquanto tu experimentas a frescura do soalho em lage. Depois, refeitas as expectativas de uma vida que se recupera, rir-me contigo, rir-me de mim, e ver-te trazer o fim da minha sede num copo qualquer. Sentir a força imensa da não solidão, quando a morte parecia querer chamar-me ao seu colo, e mais ninguém a ela poderia resgatar-me como tu. Por penosa que seja a manhã da mais longa noite, sei que a posso superar assim - e esta é a mais alucinante viagem que se faz - pôr-me nas tuas mãos sem disfarces, acreditando em ti e no teu socorro.
7 Comments:
Quem tem amigos não morre só...
bonito...
Beijinhos.
Socorro ... socorro ... SNS? SNB? EM?
AR
E, apesar de tudo, é tão bom podermos entragar-nos nesses braços, assim...
Baci
não é preciso a morte estar ali sentada, para se perceber a diferença cherie
:-)***
Obrigada a todos!
JP: Tens razão mas bem sabes como eu gosto de limites :)
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