a borracha do mar
Desafio de mais uma imagem que pede palavras do Revelações:
As crianças desenham o futuro na areia das praias, onde nós já desenhamos o passado. A areia é a tela do tempo que o mar limpa e renova de branco, indiferente a quem lhe põe as mãos ou os dedos, em histórias ou desenhos mais ou menos abstractos. E não logremos ler-lhe amanhã o que escrevemos ontem, porque é sensata a borracha das águas que tudo leva. Como é sensato não lermos nas crianças o que não fomos. Esta é a lição do presente. Do único tempo que temos para desenharmos a vida. Esta é a lição do velho à criança que lhe pede histórias antigas. As verdadeiras histórias repetem-se e apagam-se para que possam se repetidas. Não há datas que se ponham nas histórias verdadeiras já que são intemporais. É a presença das mesmas escarpas que prova o que o digo. A secularidade do mar único que atesta da relatividade dos múltiplos planos que fazemos. Como a areia está para as crianças estão os velhos para o mar. É circular a existência. Pega-se no velho e vê-se a criança. Olha-se o mar e percebe-se porque ele nos apaga os fragmentos. E quando deitados lado a lado, o tempo que é e o tempo que foi, há um só tempo. Um só momento de verdade que não adianta escrever já que eternamente se repete numa praia qualquer.
As crianças desenham o futuro na areia das praias, onde nós já desenhamos o passado. A areia é a tela do tempo que o mar limpa e renova de branco, indiferente a quem lhe põe as mãos ou os dedos, em histórias ou desenhos mais ou menos abstractos. E não logremos ler-lhe amanhã o que escrevemos ontem, porque é sensata a borracha das águas que tudo leva. Como é sensato não lermos nas crianças o que não fomos. Esta é a lição do presente. Do único tempo que temos para desenharmos a vida. Esta é a lição do velho à criança que lhe pede histórias antigas. As verdadeiras histórias repetem-se e apagam-se para que possam se repetidas. Não há datas que se ponham nas histórias verdadeiras já que são intemporais. É a presença das mesmas escarpas que prova o que o digo. A secularidade do mar único que atesta da relatividade dos múltiplos planos que fazemos. Como a areia está para as crianças estão os velhos para o mar. É circular a existência. Pega-se no velho e vê-se a criança. Olha-se o mar e percebe-se porque ele nos apaga os fragmentos. E quando deitados lado a lado, o tempo que é e o tempo que foi, há um só tempo. Um só momento de verdade que não adianta escrever já que eternamente se repete numa praia qualquer.
6 Comments:
Uma visita que já tardava. irei agora pôr em dia a leitura.
Obrigada pela visita e por me ler. Nunca é tarde, muito menos por aqui! :)
Obrigado Bastet , vou já publicar :)
Beijos muitos :)
Eu já tinha mandado por mail há uns dias mas não deves ter reconhecido o endereço. Um beijo e obrigada sou eu por me dasafiares nas palavras :)*
também vou começar a pôr a leitura em dia.
vale mais tarde...
bjs
:)
Olá a-desenhar! Bem aprecido sejas! Um beijo :)*
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