anda brincar
Com os filhos se redescobre a arte de brincar. Estica-se o tempo, queima o jantar, relativizam-se as prioridades, abrem-se parêntesis. De volta ao arroz queimado, descobrimos no tacho um sorriso, que a criança não morre se não tomar banho nesse dia e que nós é que nos deixamos morrer aos poucos pelas regras com que nos asfixiamos, com os ponteiros do relógio que afinal, com inocente sabedoria, podem correr mais lentos.
7 Comments:
:) Deixemos os ponteiros correr devagarinho, e demoremo-nos nós a encher o coração desses momentos únicos.
:)* deitei a piolha sem banho mas tão feliz!
Li, algures, um arquitecto que dizia não ser estimulante projectar para o deserto. Que a motivação vinha de construir sob os escombros do constrangimento. Eu não iria tão longe mas admito que o desafio seja construir apesar de! É só por isso que são úteis os relógios e as regras. ;-)
O sabor da dificuldade, pelejar o tempo e violar as regras mas ainda assim, que bom seria (só) por vezes, projectar na imensidão... um beijo.
Se, na ânsia maniqueísta de viver a toda a brida, como "adulto", esquecermos o lúdico que mora em nós e se esconde nas profundezas da memória da criança que fomos, ficamos condenados a uma existência sem magia, não é?
Nada como uma mamã comovida. :o)
Adoro crianças. Dos outros. :oD
E às vezes também me deito sem banho. :oP
Hipatia: é por isso que a magia se (re)conquista entre semelhantes em tardias conversas de gargalhadas ;)
Calvin: qualquer dia o Hobbes corre contigo da cama se insistes em deitar-te sem banhoca :)
Enviar um comentário
<< Home