quartos e janelas
Um quarto é da cor que nós quisermos, do amor que lhe pusermos lá dentro e das carícias que deixarmos respirar pela janela. O meu, branco, encheu-se de amarelo sol. Mas quartos haverá, que com tinta dessa cor, ainda assim serão soturnos com janelas de sombras e insónias. Um quarto é o país que nós sonharmos, feito dos cheiros e das especiarias que exalamos. No meu, ficou o cheiro da canela, doce e quente. Mas quartos haverá, nas Índias mais distantes, em que os aromas morrem sem cheiro que lhes avive as cantarias. Um quarto tem o gosto que lhe dermos, sabor a mar e seus frutos. O meu, encheu-se de sal e delícias. Mas quartos haverá, que com janelas oceânicas, jamais terão no palato a arte de assim navegar.
7 Comments:
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Hoje já é passado Aleksandro! :)
Descobri enfim um retrato da Bastet:
http://lu.hiof.no/~lev/Katter/JPEG/Vermeer.jpg
Nino: E que bonita estou com o lenço de pontas caídas :) és terrível!
Delicio-me com a tua prosa que tem cheiros de então, que me são caros, janela aberta donde saem aromas que nos envolvem e nos mostram paisagens em que o o lhar descansa. th
Obrigada th. O teu comentário está mais bonito que o meu post! :)
os cheiros são de hoje, são de sempre
(tu abriste a janela do teu quarto, hoje (ontem?), é nós sentimos isso tudo! :)
que bom!
;D**
conta do jeremias, tem-se portado bem? :)
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