segunda-feira, abril 18, 2005

em sintonia

De cá, de onde o vento sopra pela manhã, as notícias têm essa frescura assobiada, a melodia do piano assombrado pelos nocturnos proibidos e o choro contagiante da sagrada madeira dos violinos que tange ante o ranger da sofreguidão exumando a saudade morta. O refolhear sibilante dos mesmos corpos, impressos por onde calha, aqui e acolá, procurando de mão dada novos recantos para o silêncio da novidade dos contornos. Dir-se-ia que nada de novo, erradamente, porque de cá, de onde o vento sopra pela manhã, pintalgam-se coloridamente as mesmas notícias, o mesmo solfejo compassado do reencontro que se repete até ao abraço cansado que por fim nos une em sintonia.