terça-feira, março 01, 2005

profecias do deserto

De que me serve ser felina no deserto, sem o som dos teus passos pelas dunas, afagando os silêncios com palavras, afastando os fantasmas com sorrisos, construindo no meu corpo paraísos.
E agora que domino a solidão, entre os corpos que ao vento se me mostram e aí mesmo, quase logo, estratificam, que o teu corpo em miragem simplesmente, ainda tanto me alucina,
erro pela noite demorada, demoro lentamente entre os escombros, partilhando estrelas apagadas, recontando entre nada os tesouros.
E as juras de areia proferidas que ao deserto são em sonhos devolvidas quis eu, felina do deserto, transformar em verdadeiras profecias.

1 Comments:

Blogger vague said...

...

:)

1:27 da manhã  

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