sms's e seus tarifários
Parte de algumas das minhas noites são passadas a trocar sms's. Saem mais baratos que as chamadas e, mau grado a ausência das doces tonalidades das vozes dos interlocutores, trazem consigo o peso das palavras escritas. Todavia, o sistema de mensagens é um veículo frio, inerte. O toque de chegada de um sms é igual, independentemente do emissor ou das palavras que traz no ventre. Curiosa e lamentavelmente, "amo-te" ou "odeio-te" chegam aos olhos do receptor entregues da mesma maneira. Indiferente à solenidade emocional que transporta, o serviço de mensagens alheia-se, como entidade fria e irresponsável, não pré-sinalizando a carga explosiva celestial ou perigosa que leva ao seu destino.
Atente-se que muitos sms’s já me fizeram passar melhores ou piores noites, que entre o compasso de espera incerto que vai entre a emissão e a recepção dos seus conteúdos, já imaginei silêncios propositados, abandonos manifestos ou uma escolha mais demorada, porque mais criteriosa, de doces e quentes palavras que me incendeiem o coração.
No meu caso, a TMN, está-se rigorosamente nas tintas! Como patrão selvagem e desumano que entrega a carta de despedimento ao seu empregado, sem um alerta, uma palavra, um sinal de respeito pelo "outro", pelos seus problemas, pela sua vida pessoal e sobre as consequências daquela carta específica no seu presente e no seu futuro.
Posso até conceber que nestes tempos de comercialismo e liberalismo exacerbado se aproveitem da minha pessoa, das minhas sensibilidades e expectativas, cobrando-me um preço distinto consoante as mensagens que me são entregues. Um tarifário moderno e responsável que, garantindo a entrega mais célere das mensagens amorosas, com chilreios de pássaros e imagens de corações, me fizesse feliz e grata por pagar mais uns cêntimos pelas palavras sem preço que me dirijam. O que me custa a aceitar e me provoca a mais profunda indignação é que, ao mesmo preço, com o mesmo toque e com o mesmo compasso de espera, deixem que se infiltrem no meu telemóvel mensagens da vizinha ou mesmo do trabalho quando eu, ansiosa, aguardo os teus meigos recados.
Atente-se que muitos sms’s já me fizeram passar melhores ou piores noites, que entre o compasso de espera incerto que vai entre a emissão e a recepção dos seus conteúdos, já imaginei silêncios propositados, abandonos manifestos ou uma escolha mais demorada, porque mais criteriosa, de doces e quentes palavras que me incendeiem o coração.
No meu caso, a TMN, está-se rigorosamente nas tintas! Como patrão selvagem e desumano que entrega a carta de despedimento ao seu empregado, sem um alerta, uma palavra, um sinal de respeito pelo "outro", pelos seus problemas, pela sua vida pessoal e sobre as consequências daquela carta específica no seu presente e no seu futuro.
Posso até conceber que nestes tempos de comercialismo e liberalismo exacerbado se aproveitem da minha pessoa, das minhas sensibilidades e expectativas, cobrando-me um preço distinto consoante as mensagens que me são entregues. Um tarifário moderno e responsável que, garantindo a entrega mais célere das mensagens amorosas, com chilreios de pássaros e imagens de corações, me fizesse feliz e grata por pagar mais uns cêntimos pelas palavras sem preço que me dirijam. O que me custa a aceitar e me provoca a mais profunda indignação é que, ao mesmo preço, com o mesmo toque e com o mesmo compasso de espera, deixem que se infiltrem no meu telemóvel mensagens da vizinha ou mesmo do trabalho quando eu, ansiosa, aguardo os teus meigos recados.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home