árvore
Gostava de ser uma árvore ao pé da água. Tronco firme que não soçobra de anseios. Com os ramos como enleios carinhosos, aos velhos, crianças e pares amorosos que na sombra se deleitam. Queria estar de flores enfeitada, engalanada para a festa da vida e pelo Outono poder ser despida, pelo vento, sem vergonha. Raízes antigas, sabedoras, que da água e do sol se alimentam, sem a gula pecadora e ávida, da boca que de beijos e iguarias, sequiosa nunca se farta. Encontrar o movimento agarrada, contemplar o mundo extasiada sem a pressa ou correria. Deixar descansar na minha copa quem esse espaço conquistasse e alegrar-me se voltasse, sem sofrer com a partida. Encontrar a paz na minha sorte de ver correr a água tão perto sem angústias ou devaneios de partir em mil cruzeiros crendo longe o que está perto.
3 Comments:
E o mundo seria ainda mais bonito e, sobretudo, mais traquilo, se todos nós fôssemos uma dessas árvores: acolhedoras, serenas e sabidas.
Muito bonito!
obrigado pela desejos de ano novo, cara Deusa.
realmente o blog do Barão está com problemas, mas nada que um emplastro não resolva. experimente fazer refresh ou actualizar, quando a página não carrega... e depois tem de esperar pois está lento. mas os desejos já foram entregues via o meu blog.
Há textos que são quase incomentáveis e a única coisa que apetece é não dizer nada, apreciar em silêncio e deixar-se envolver pela construção do texto, por aquilo que evoca e pelo prazer de ler. Dizer que se gostou muito pode ser banal mas então eu gostei mais que muito :)
"Deixar descansar na minha copa quem esse espaço conquistasse e alegrar-me se voltasse, sem sofrer com a partida."
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