quarta-feira, setembro 22, 2004

malmequer

Deliciosamente simples sobre os campos, salpicos bi-colores no verde da erva que se espraia até longe, já perto do casario. Caule que baila ao vento ainda tão quente apesar do fim de tarde, pétalas solitárias amarradas ao botão amarelo onde pousam abelhas gulosas. Contas feitas e desfeitas sempre certas: mal me quer, bem me quer, muito, pouco ou nada.
Tanto saber, tanta magia numa flor. Adivinha, cartomante de destinos tão frágeis, tão tementes de má resposta. Mal me quer. E a mim quem me quer assim ou de outra maneira? Diz-me tu malmequer por mim despido, quem merece afinal esse dom de sacrifício? Com que graça colorida salpicas atrevida esses campos. Não haja por mim mais ninguém por quem queira eu tirar-te a vida.