sexta-feira, setembro 17, 2004

de olho vivo

Atenta às silenciosas mudanças do meu espaço,
às vírgulas que se desenham a cada recusa,
ao arrefecimento do Outono já vizinho.
Parada à espera que a sombra se mexa,
ou que esqueça a sua imobilidade,
ganhe ela vida própria e vontade
mas antecipo, cautelosa, que se esfume.
Galgar tudo, superar e suportar
até que a vida ou morte nos separe
possa a força conquistar fragilidade
possa ser ela agora a vir buscar-me.