terça-feira, julho 27, 2004

melancolia


Imenso o coração em que cabe,
fantástica, a escala da melancolia,
como vento emergente do passado,
ao corpo dá-lhe o lado,
faz-se guia...

Em sussurro de silêncio...
engrandece o nada de vazio
toma o corpo, o pensamento,
esculpe em pedra o sentimento,
dá-lhe forma, tira vida...

Muda companheira,
ensurdece e cala os sentidos,
embala, adormece,
enleva os anseios em carinhos...

Prende o tempo diminuto,
rasga, faz pedaços, horizonte,
difusos os contornos faz precisos
tomam alma, ganham nome!

Trá-los uma e outra vez
ao nosso espelho
redefine a imagem, a visão,
somos nós mas já não somos, 
o que fomos é real e ilusão!